Olá, rapaziada, tranquilo?! Estou estreando no blog por convite de Natã e aqui irei contar um pouco sobre os discos que tenho em meu acervo abordando diversos assuntos que envolve o mundo encantado do vinil.
Pois bem, para este primeiro post, irei abordar um tema muito importante para nós “vinilzeiros” que é o de reedições de discos, hoje bem comum aqui no Brasil. Tenho algumas reedições e falarei um pouco de três delas nesse primeiro encontro, que são de discos raros de música brasileira.
Um disco que fiquei muito feliz de ter adquirido foi a reedição do Paebiru de Lula Côrtes e Zé Ramalho, pois o original, é praticamente impossível de se conseguir por um bom preço, pelo tamanho da demanda que o disco tem, custa uma verdadeira fortuna. Em 2008 foi relançado pela gravadora alemã Shadoks (que é especializada em reedição de discos psicodélicos raros e obscuros), mas em uma edição limitada de 500 cópias numeradas que sumiu logo do mercado, ou seja, a primeira reedição já é bem difícil de se encontrar. Em 2010 a gravadora inglesa Mr. Bongo relançou o LP em um formato mais simples e sem o encarte “original”, na época eu iria até pegar uma dessa, mas esse lance de não ter o livreto me broxou. Já em 2012, a própria Mr. Bongo, o Paebiru é relançado de forma completa e idêntica a original (selo, livreto, capa…) e sonoridade animal em disco de 180g. Foi dito que a gravadora comprou os direitos da Rozenblit e assim vários lps da psicodelia pernambucana foram reeditados (comprei todos!), citarei os mesmos nos próximos posts. Então, meus amigos, é uma reedição muito caprichada que vale a pena ter na estante e rodando no toca discos, pois além da parte gráfica ser excelente, o som é sensacional. Pode ser encontrado no mercado por volta de R$ 150,00, melhor que pagar 5 mil, né não?!
A segunda reedição que consta na minha estante, na verdade são 4 lps, isso mesmo, os 4 discos mais cobiçados da fase experimental de Marcos Valle(Vento Sul, 1970 “da cama”, Previsão do Tempo e Garra). O selo norte- Light in The attic que foi responsável por esse projeto pra lá de bem feito: discos gate fold, 180g, encarte com letras, discos coloridos (poucas cópias), sonoridade peculiar e parte gráfica bem elaborada, salvo um pequeno detalhe que está no selo do Previsão do Tempo – ao digitalizarem não retiraram uma etiqueta de loja. Sem sombra de dúvidas, esses projeto é um dos melhores que já vi em termo de reedição, pois deu uma roupagem nova aos álbuns sem perder a característica. Ouso em dizer que os discos estão melhores que os originais!
E pra terminar nosso papo de hoje, tem uma outra reedição que está entre as tops do meu acervo, esta é a do LP do “imorrível” Di Melo. Este foi relançado pela galera do selo brasileiro Brasilis Grooves Records (do coletivo Vinil É Arte), que foi prensado na República Tcheca. Assim como os do Marcos Valle, a reedição ficou muito bem feita: vinil 180g, selo réplica do original, gate fold e com uma particularidade, contém texto escrito a punho pelo próprio Di Melo relatando sobre a gravação e citando a ficha técnica completa (isso não tem na edição original). Vale muito a pena esse disco, pois a arte gráfica e sonoridade estão bem bacanas. A única parte negativa, na minha opinião, foi o preço na época de lançamento, pois cobraram mais caro do que os relançamento equivalentes, o meu ganhei de presente.
Bem, fico por aqui galera. Espero que tenham gostado e até a próxima oportunidade com mais algumas (es) histórias sobre meus discos. Abraço!
Mais e mais fotos!!
maravilha Walter, produzindo a cultura brasileira com muita ousadia
Valeu, Fabrício! Em breve relançamento da PsicoBr em meu acervo, Abração!