Sou Leonardo Murilo, ou Léo, nasci em 1988 e ao contrário dos amigos Tony e Natã, fui o que menos viveu entre os LP’s. No entanto o pouco que vivi durante a minha infância, foi o suficiente para marcar toda uma vida.
Desde pequeno sempre fui fascinado por eletrônica, aparelhos domésticos, principalmente VCR (uma outra paixão) e aparelhos de som. Lembro-me de ficar observando aquele curioso aparelho com um braço pousado sobre um objeto redondo-achatado, preto e reluzente. Que fascinante aquilo tudo! Os selos criativos que ao girarem criavam uma mistura de cores interessante e hipnotizante, ao fundo, embalado por um som forte e encorpado, eu ficava ali, em frente ao aparelho de som, nem percebia o tempo passar.
Em minha casa possuíamos um aparelho CCE 3 em 1, bem simples devido as nossas condições financeiras, mas que fazia a alegria da casa e que embalava as danças aos sábados á noite, eu meu pai e minha mãe. Sim, eu ainda vivi isso, inclusive costumo dizer que os anos 90 acompanhou muito do que se viveu nas décadas de 70/80. Fui crescendo e onde quer que eu estivesse, na casa dos meus tios, de minha avó ou vizinhos, eu sempre pedia pra ligar o som.
Eram aparelhos diferentes, discos diferentes, e para uma criança fissurada em eletrônica e música, mexer em aparelhos de som nunca era demais.
A década de 90 foi terminando e com ela os LP’s foram perdendo o lugar para a novidade do momento; O Compact-Disc ou CD. Todas as pessoas que eu conhecia começaram a comprar os aparelhos “ultra-modernos” da época, que ainda vinham com a opção de se ouvir discos, mas eles já não eram mais a sensação.
Bom, poderiam até não ser para os outros, mas para mim ainda continuava sendo. Toda a magia e simpatia por aquele aparelho curioso ainda permanecia viva em mim. Não achava tão interessante colocar um CD pra tocar. Era apertar um botão, abrir uma bandeja, colocar um disquinho e pronto. Ele era tragado pelo aparelho. O que eu achava mais interessante, além de ouvir a música é claro, eu não conseguia ver no cd.
Então continuei a ouvir os discos, que agora encontravam-se em maleiros e gavetas de móveis da casa. Em 2006 comecei a colecionar discos de vinil. Entrei em uma comunidade da rede social “Orkut”, onde conheci muita gente apaixonada por discos e aparelhos tanto quanto eu e de onde também aprendi muito sobre tudo o que envolvia o mundo analógico do som. Fui aprimorando o meu SET de som, o meu gosto musical, trazendo novos discos para coleção e fazendo encontros musicais com os amigos em casa. Hoje, estudante da área de tecnologia e informática, com 23 anos, sou um jovem apaixonado por música boa e com um acervo de mais 700 discos. Orquestrados, música clássica, rock, regionais e etc. Hoje eu ouço música!
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